Sizenando momentos após receber a prótese auditiva pela APRAESPI |
Sizenando José de Sena, nascido no dia 10 de junho de 1913 em Senhor do Bonfim, no interior da Bahia, é oficialmente o homem mais velho do ABC a receber prótese auditiva. O procedimento foi feito na tarde desta terça-feira na Clínica Audiológica da APRAESPI (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência).
O idoso sofria de perda de audição desde o começo do ano passado e já foi acometido por um AVC em 2004.
Desde o cadastramento na central de vagas da APRAESPI, no começo do mês, a família de Sizenando conseguiu a dispensação da prótese auditiva em pouco menos de três semanas. “Foi tudo muito rápido e nós fomos muito bem tratados aqui, sem burocracia e enrolação”, relata Evelyn Sena, neta do paciente.
Antes disso, porém, os familiares tentaram obter um aparelho através da Prefeitura de Santo André, mas se viram obrigados a desistir pela demora no atendimento.
Sizenando chegou a usar uma prótese emprestada antes de vir para a APRAESPI.
Além de chamar a atenção pela idade do paciente, o caso de Sizenando traz à tona a importância da prevenção de deficiências para se ter qualidade de vida na terceira idade, já que nos últimos dez anos, a expectativa média de vida aumentou de 68 para 74 anos.
A superintendente da APRAESPI, Lair Moura, destaca: “Nós estamos vivendo mais, isso é um fato. Mas queremos viver melhor. Então, devemos sempre ficar atentos para prevenir deficiências, conhecer as causas do AVC e de outras doenças, além de cobrarmos dos governantes políticas preventivas na área da Saúde. Só assim teremos uma terceira idade saudável e feliz”.
Feliz. É como ficou a família de Sizenando, que agora pôde voltar a conversar, a ouvir e ser ouvido: “como ele não escutava, ele também não falava nada. A família se reunia pra tomar um café e ele ficava perdidinho, não entendia nada”, conta a neta Evelyn.
Hoje Sizenando tem de volta a interação com a família. Com todas as manifestações que ocorrem pelo país, ele relembra de momentos históricos desses últimos 100 anos. E não falta gente interessada em ouvir essas memórias: são quatros filhos, 16 netos e 11 bisnetos.
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