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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A luta continua

Famílias atendidas na Apraespi protestam contra o fim da educação especial em escolas filantrópicas


Protesto da Apraespi na Câmara de Ribeirão Pires


Após ver aprovada na Câmara dos Deputados a Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê o fim do repasse de verbas públicas para as instituições filantrópicas de ensino especializado,   famílias atendidas pela Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência) já se organizam para retomar as manifestações contra a proposta do Ministério da Educação (MEC).

O grupo formado por funcionários e familiares de alunos atendidos na Associação pretende fazer uma peregrinação pelas câmaras das sete cidades da região, pedindo apoio dos vereadores para que cobrem de seus respectivos partidos a rejeição do item do PNE no Senado Federal.

“Nós queremos deixar bem claro que não somos contra a inclusão de crianças com deficiências na rede pública de ensino, desde que tenha condições para incluí-las com qualidade”, afirmou Cátia Denis, que integra o grupo de mães de aluno da Apraespi. “Quando não é possível incluir essa criança na rede pública, é preciso que o Estado mantenha centros especializados pra amparar as famílias”, completou.

Além de se posicionar contra o fim da educação especial, outra demanda da Apraespi é por financiamento para intervenção precoce.  “Nós da Apraespi estamos angariando apoio também para que o artigo 58 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação seja cumprido, iniciando a educação especial a partir do zero ano com financiamento do Estado”, diz Lair Moura, superintendente da Associação.

Crianças com deficiência necessitam de tratamento especializado logo nas primeiras semanas de vida. Por lei, a educação precoce vai de zero a 3 anos e 11 meses. “Direito social levado a sério tem que ter o financiamento garantido. Não adianta o texto da LDB assegurar o ensino especial a partir de zero  ano se nenhum governante se responsabiliza pelo financiamento”, comentou Lair.

CRECHES
Para garantir o cumprimento da LDB, Lair articula para inaugurar creches na região. “Estou fazendo gestões junto ao governador Alckmin para que inclua a Apraespi no Programa de Creches do Governo do Estado de São Paulo", relevou. 

A ideia ganhou força após o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), ter rejeitado a oferta de uma creche do programa criado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O recurso seria utilizado para construir uma creche em Ribeirão com o dinheiro rejeitado por Marinho. 

“Nessa creche podemos atender mais de 100 bebês com deficiência de Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, que aguardam ansiosamente a vaga e o cumprimento do tão falado artigo 58 da LDB”, afirmou. “Resta saber se finalmente o governador acenderá uma luz na esperança de milhares de famílias que tem seus filhos com deficiência aguardando uma vaga nas creches".




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