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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

APRAESPI se mobiliza por educação especial

Lair Moura pede moção contra proposta do MEC que tira ensino especial de escolas filantrópicas

Por Diego Simi

Tentando anular a proposta da Conferência Nacional da Educação, que torna inviável às instituições filantrópicas manterem atendimento educacional, a Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência) organiza a maior mobilização de sua história. A ideia da entidade é alinhar diversos setores da sociedade civil e pressionar o Ministério da Educação (MEC) a desistir do projeto.

As ações da Apraespi já estão em pleno andamento. Na semana passada, mais de 200 funcionários e familiares de usuários participaram de uma audiência na Assembleia Legislativa, onde cobraram dos deputados posicionamento contrário ao plano do MEC.

A superintendente da Apraespi, Lair Moura, aproveitou o evento e distribuiu ofícios aos deputados, pedindo que encaminhem ao Ministério da Educação moção de repúdio contra a proposta da Conferência Nacional da Educação. O mesmo documento foi enviado para vereadores de 645 municípios de São Paulo e para diretores de escolas da rede estadual.

Foram convocadas ainda uma série de passeatas, cobrando financiamento público para as escolas filantrópicas. A primeira delas aconteceu na tarde de ontem no centro de Ribeirão Pires e teve a participação de aproximadamente 100 famílias atendidas pela Associação.

“O projeto do Ministério da Educação fere a Constituição Federal (artigo 213) e desrespeita uma importante conquista das Apaes em São Paulo, quando nós, junto com os deputados, em 2001, alteramos o artigo 258 para garantir os direitos do cidadão com deficiência”, explica Lair.  O artigo 258 da Constituição do Estado de São Paulo diz que “a assistência financeira às instituições de ensino filantrópicas” é responsabilidade do Estado.

Inclusão
Na prática, com o plano do MEC, os alunos com deficiência seriam retirados das escolas especializadas - como Apaes e a própria Apraespi - e realocados no sistema público de ensino. A proposta é criticada por profissionais da educação, sob a alegação que as escolas públicas não têm estrutura física e nem recursos humanos para realizar a efetiva inclusão de todos os tipos de deficiência.


“Fiquei muito preocupada quando soube que as escolas especiais poderiam fechar. Minha filha tem autismo e já passou por escolas públicas e não foi uma boa experiência”, conta Elaine Amaral, moradora de Mauá, cuja filha é atendida na Apraespi. “Cheguei à conclusão de que, na situação em que se encontra, a rede pública de ensino não é capaz de atender com qualidade crianças como a minha filha”.




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