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terça-feira, 17 de setembro de 2013

'Ninguém precisa viver isolado'

Por Diego Simi


Inclusão verdadeira, feita no cotidiano


Em sua coluna publicada no último dia 13 na Folha de S.Paulo, Jairo Marques contou sua experiência em conviver com duas crianças que, ao mesmo tempo, tinham deficiência visual e auditiva, os "surdocegos", como designou o colunista. O texto aborda também a possibilidade dessas crianças com deficiência se manifestarem e interagirem no meio social em que estão inseridas, apesar de todas as dificuldades impostas. 

Veja alguns trechos: 
–  Deficiências múltiplas parecem raríssimas, mas, na realidade, raros são os que conseguem sobrepor os desafios para aparecer em sociedade. Normalmente, são pessoas circunscritas à própria casa, longe da curiosidade e da compaixão dos outros, apenas compaixão e pouquíssima compreensão, atenção, ação.  


  E, diante de tantos "não me toques" de grupos diversos em relação a ir para uma escola regular aprender um pouco da lida de viver, aquelas crianças, que não viam e não escutavam, estavam em sala de aula aprendendo à sua maneira.   

  Mas para que perder o sono e gastar a beleza pensando em como se viram esses "viventes"? Posso elencar várias razões: para administrar e valorizar mais as "perfeições", para ser menos estúpido diante do que chama de dificuldade, para que se tenha ciência de que aquilo que se imagina plural pode ser absolutamente singular.   

Cada vez que a imprensa publica uma matéria esclarecedora e bem fundamentada, falando sobre assuntos relacionados a vida das pessoas com deficiência, se constitui mais uma vitória nessa longa batalha contra o preconceito e a desinformação. Sim, é possível ser surdo e cego e, ao mesmo tempo, interagir, brincar, viver. Com o auxílio de instituições como a Apraespi, a coisa fica ainda mais fácil. Afinal de contas, "ninguém precisa viver isolado". 

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