Por Diego Simi
Com demanda reprimida de 800 pacientes já avaliados, a APRAESPI (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência) busca recursos do SUS para zerar a fila de espera para aparelhos auditivos.
A fila se formou porque o Centro só recebe do Ministério da Saúde verba suficiente para atender 66 pessoas por mês. Além disso, uma fatia desses recursos é utilizada para o acompanhamento dos pacientes já com prótese.
“A APRAESPI tem capacidade física e recursos humanos para atender 200 pacientes mês para prótese auditiva. Infelizmente, o limite financeiro nos permite atender só 66 pessoas por mês”, lamenta a superintendente Lair Moura.
Para mudar a situação, ela negocia aumento de repasses com o Ministério da Saúde. A justificativa é que o SUS cede para a APRAESPI, que cobre Mauá, Santo André, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires - com 1,25 milhões de habitantes no total - recursos para atender 66 pessoas e para a unidade que serve São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema - 1,3 milhão de pessoas no total -, o valor é para 110 pessoas.
Lair lembra ainda que, “por incompetência da gestão de Clóvis Volpi”, foram perdidos em 2009 R$ 2 milhões da verba anual do atendimento SUS na região. A acumulação da defasagem gerou um rombo de R$ 10 milhões nesses cinco anos. “A fila que existe é consequência dessa incompetência, infelizmente”, diz.
Além da prótese auditiva, a APRAESPI tem o valor mensal de R$ 38 mil para fazer a dispensação de órtese, prótese e meios de locomoção e R$ 10 mil mensal para manutenção e adaptação de cadeiras de rodas e para toda região do Grande ABC. São Bernardo recebe R$ 30 mil mensais só para a manutenção de aparelhos auditivos. “Essa discrepância está sendo discutida no Consórcio do ABC”, finaliza Lair Moura.
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